Seguindo orientação do presidente Jair Bolsonaro, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, decidiu colocar militares em cargos importantes do Ministério e de órgãos subordinados. Até o momento, 12 militares já foram nomeados com o objetivo de acabar com o “arcabouço ideológico” no setor.
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Os postos ocupados pelos militares vão do alto escalão da pasta até as diretorias do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). Na última quinta-feira (18), o então diretor de planejamento do Ibama, Luiz Eduardo Nunes, que era servidor de carreira do órgão, foi exonerado e deve ser substituído por Luís Gustavo Biagioni, aposentado da Polícia Militar Ambiental de São Paulo.
Na mesma semana, Ricardo Salles indicou o coronel Homero de Giorge Cerqueira, também da Polícia Militar Ambiental de São Paulo, para a presidência do ICMBio . Ele também nomeou Davi de Souza Silva, outro militar paulista, para o comando regional do Ibama em São Paulo.
Em meio ao troca-troca, Bolsonaro voltou a critiar o Ibama. “É um órgão muito mais aparelhado do que o Ministério da Educação”, disse. Sobre as substituições, o presidente disse que “com Salles, nosso ministro do Meio Ambiente, tomamos providências para substituir esse tipo de gente”.
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Segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo , oito militares ocupam cargos comissionados no Ministério do Meio Ambiente , trabalhando ao lado do ministro. Na sede do Ibama, os militares já comandam duas diretorias. O Estado de S. Paulo procurou Ricardo Salles, mas ele não quis comentar a militarização do Ministério.